terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Bebo, logo existo?

“Cara, ontem eu tomei todas, bebi até cair, até vomitar, até apagar, bater no sono” ; “Ah, é? E eu, cara, ninguém naquela festa que eu fui, tomou mais que eu, todos viram, eu bebo muito, agüento umas 20 e poucas garrafas”

Comentários desse tipo são recebidos pelos meus tímpanos enquanto eu passeio mentalmente no ônibus, logo eles acordam outras lembranças desse mesmo assunto. E eu recordo o que acho disso: um saco. Parece que beber virou um sinônimo de se sobressair aos outros. Um diferencial tão requisitado quanto saber alguma maldita língua estrangeira. Mas é verdade. Faça o teste, quantos conhecidos (as) seus confundem diversão com a quantidade de álcool que ingerem? Sim, sair é encher a cara, curtir a noite e ficar com inúmeras pessoas que provavelmente você nunca mais verá. Vocês podem me taxar de hipócrita, imbecil, retrógrado, mas é o que eu acredito. Já bebi e bebo, aliás, mas nunca me gabei por causa disso. Beber não é um termômetro de como vivemos, não é obrigatório para as relações sociais, só é mais um passatempo, a mesma coisa que ver algum seriado, ou filme, não devemos endeusar o que nunca teve a pretensão disso.

Um comentário:

Mademoiselle Cristiana disse...

bem nessas, na real por isso comprei o mp3,pra não ter mais que ouvir as pessoas na rua, no ônibus...mas né...
as vezes eu tenho um surtos de beber, mas acho besteira esse 'troféu' que as pessoas se dão... tem diferença tu acordar e pensar 'hj vou ficar bêbado' e 'hj vou beber pra fazer tais coisas'
=S
a linha é sutil, mas existe

teu blog tá nos favoritos no meu
=D

feliz natal...